Pontos Turísticos

Parques e Mirantes

Últimas reservas de Mata Atlântica de Niterói, o Parque Estadual da Serra da Tiririca, na divisa do município, o Parque Ecológico Darcy Ribeiro e o Parque da Cidade, de onde se vê boa parte da Baía de Guanabara, são lugares ideais para uma caminhada ecológica. Parques urbanos como o Campo de São Bento e o Horto do Fonseca oferecem inúmeras atrações além do contato com a natureza. Já o Mirante de Nossa Senhora Auxiliadora e a Ilha da Boa Viagem, um dos principais sítios históricos de Niterói, são programas obrigatórios para quem gosta de belas paisagens.


Parque da Cidade


Parque da Cidade

Inaugurado em 1976 e transformado em reserva biológica e florestal, ocupa uma área de aproximadamente 15 mil metros quadrados no alto do Morro da Viração, em São Francisco, a uma altitude de 270 metros. A mata do parque é formada predominantemente por eucaliptos e alguns exemplares remanescentes da Mata Atlântica, como quaresmas, ipês e camarás.

Possui duas rampas para a prática do vôo livre, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade e da Baía de Guanabara. De lá pode-se ver os bairros de Jurujuba, Charitas, São Francisco e Icaraí; as Praias de Piratininga, Itaipu e Camboinhas; as Lagunas de Piratininga e Itaipu; o Pão de Açúcar e a Ponte Rio-Niterói. No local existe também uma fonte natural e algumas ruínas de um posto de atalaia do período colonial, usado para vigilância.

Endereço: Estrada da Viração – São Francisco.
Telefone: (21) 2611-0860.
Visitação: Diariamente, das 8h às 17h.
Ônibus: 17 (São Francisco-Centro), 32 (Cachoeira-Centro), 33 (Jurujuba-Centro) e 62 (Fonseca-Charitas).


Campo de São Bento


Campo de São Bento

Principal jardim público urbano de Niterói, o Parque Prefeito Ferraz – nome oficial do Campo de São Bento – era parte da enorme propriedade que, em meados do século XVII, pertencia ao fazendeiro Antônio Maciel Tourinho. Seu filho, Francisco Borges Tourinho, comprou as terras e cedeu uma parte ao vereador Manoel Rodrigues Raimundo. Este, por sua vez, vendeu a área, em 1697, aos monges beneditinos do mosteiro de São Bento, que ali instalaram uma fazenda de gado e ergueram o Outeiro de São João de Icaraí.

Durante o império, o parque foi usado para o adestramento de tropas, cujas manobras chegaram a ser acompanhadas pelo regente D. Pedro I, em 1824. Com o plano de arruamento de Icaraí, que em 1840/41 implantou uma malha viária da Rua da Praia até as proximidades de Santa Rosa, ganhou os limites atuais. Foi aterrado em 1882/83 para eliminar as áreas pantanosas formadas pelo Rio Icaraí, que abrigavam insetos transmissores de doenças, e urbanizado entre 1907 e 1910, durante o governo do prefeito João Ferreira Ferraz. Data dessa mesma época a construção de um pavilhão, substituído posteriormente por outros prédios que abrigam hoje o Grupo Escolar Joaquim Távora, o Jardim de Infância Júlia Cortines e o Centro Cultural Paschoal Carlos Magno.

Coreto do Séc. XIX

Coreto do Século XIX.

Em seus cerca de 36 mil metros quadrados estão centenas de espécies de plantas, com destaque para o pau-brasil, o pau-ferro e a palmeira imperial, além da raríssima calabura ou pau-seda, árvore frutífera originária das Antilhas. Atualmente o parque dispõe de brinquedos, rinque de patinação, biblioteca infantil, lago com chafariz e um pequeno parque de diversões, além de um coreto centenário tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.

Também recebe alguns eventos importantes do calendário da cidade, como o Projeto Banda na Praça, o Encontro de Criadores de Canários e, nos finais de semana, pela manhã, a já tradicional feira de artesanato e alimentação. O Campo de São Bento foi tombado pela Prefeitura Municipal em 1990 pelo seu alto valor paisagístico e afetivo para a cidade.

Endereço: No quarteirão entre as Ruas Lopes Trovão, Domingues de Sá, Gavião Peixoto e a Avenida Roberto Silveira - Icaraí.
Telefone: (21) 2711-3266.
Visitação: Diariamente, das 6h às 22h.
Ônibus: 30 (Martins Torres-Centro), 38 (Itaipu-Centro), 53 (Santa Rosa-Centro) e 57 (Icaraí-Centro).


Ilha da Boa Viagem



Desde o primeiro registro cartográfico, feito pelo holandês Dierick Ruiters, em 1618, os relatos e mapas dos séculos XVII e XVIII falam de uma península situada na ponta da Praia da Boa Viagem, conhecida por indicar um caminho seguro aos navegantes e ligada ao continente por uma estreita língua de areia. No alto erguia-se uma ermida consagrada à Nossa Senhora da Boa Viagem e num platô, mais abaixo, uma pequena fortificação voltada para a entrada da Baía de Guanabara.

A igreja foi construída por volta de 1650, a mando do provedor da Fazenda Real, Diogo Carvalho da Fontoura, que era devoto de Nossa Senhora. Centro de peregrinação dos homens do mar, alternou momentos de abandono e de intensa atividade, chegando a passar por dois incêndios no século XIX: um acidental, após uma das festas religiosas, e outro criminoso, para encobrir o roubo de suas pinturas e imagens sacras.

O fortim data do período entre 1663 e 1710. Fazia parte do sistema defensivo da Baía e foi artilhado e desarmado conforme a necessidade. Trocou tiros com a frota do corsário francês Duguay-Trouin, em 1710, e com a Fortaleza de Villegaignon, em 1893, durante a Revolta da Armada, sendo arrasado nas duas ocasiões.

Em 1846 a Ilha da Boa Viagem foi transferida para o Ministério da Marinha e, a partir daí, sucessivamente transformada em escola de aprendizes, quartel, prisão militar e posto de observação. Ao longo da década de 1880 serviu de cenário ao paisagismo, movimento da pintura brasileira que revelou Antônio Parreiras. Em 1905 foi entregue à Associação Protetora dos Homens do Mar, entidade beneficente vinculada ao Clube Naval do Rio de Janeiro. A Associação instalou ali um posto de salvamento de navios e fez diversas melhorias na ilha, incluindo a ponte original que a ligava ao continente.

Ponte de acesso

Ponte de acesso

Em 1937 o Ministério da Marinha concedeu o usufruto da ilha e do seu patrimônio à Federação Brasileira dos Escoteiros do Mar, que abrigaria ali a Comissão Regional do Estado do Rio, num prédio construído especialmente para isso - o castelo. Em 1942 foi requisitada pela Marinha para sediar o Comando de Defesa do Porto do Rio de Janeiro mas, com o final da Segunda Guerra, voltou ao controle dos escoteiros do mar, na figura do seu fundador, o almirante Benjamin Sodré.

Ele se tornou guardião do patrimônio da ilha, além de sineiro simbólico da capela. Sua esposa organizou mais tarde o Apostolado de Nossa Senhora da Boa Viagem, que promovia missas regulares no quarto domingo de cada mês e uma missa solene e festiva em dezembro, dedicada aos marinheiros. Com a morte do almirante Sodré, em 1982, o controle da ilha passou à filha do casal, Maria Pérola Sodré, que procura manter sua rotina religiosa e de visitação. O complexo arquitetônico, numa área de 25.270 metros quadrados, está tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1938.

Endereço: Praia da Boa Viagem, s/nº - Boa Viagem.
Telefones: (21) 2710-6581 (Srª Maria Pérola Sodré), entre 12h e 14h.
Visitação: No último domingo do mês ou marcada com 48 horas de antecedência.
Ônibus: 47-A (Campus da UFF / circular) e 47-B (Campus UFF-MAC / circular).


Jardim Botânico Nilo Peçanha (Horto do Fonseca)



Seu terreno, que correspondia ao Sítio da Água Azul, foi vendido em 1891 por Constantino Pereira de Barros, Barão de São João de Icaraí, aos proprietários da Ramos e Cia., para a instalação da Olaria Progresso. Com a falência da olaria, a área foi incorporada ao patrimônio do estado para o pagamento de dívidas. Em 1905, o então governador do Rio de Janeiro, Nilo Peçanha, assinou um decreto criando no local o Horto Botânico de Niterói, com o objetivo de cultivar e distribuir mudas e sementes frutíferas, têxteis e medicinais aos agricultores. Foram construídas estufas de plantas ornamentais, tanques de germinação e pomares de plantas fibrosas.

No período de 1918 a 1927, o Palácio Euclides da Cunha, sede do antigo sítio, abrigou a Escola Superior de Agricultura e Veterinária da União até a sua transferência para a praia Vermelha, no Rio de Janeiro e, depois, para Seropédica, já como Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A partir de 1931, por ordem do interventor estadual, Ari Parreiras, passou a abrigar a Secretaria Estadual de Agricultura. Em 1975, nas comemorações dos seus 70 anos, o horto foi transformado em Jardim Botânico, recebendo o nome do seu fundador. Em 1991 o Palácio Euclides da Cunha foi tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural.

Palácio Euclides da Cunha

Palácio Euclides da Cunha

Atualmente, além da Secretaria de Agricultura, abriga diversos órgãos e entidades estaduais, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater, a Empresa de Pesquisa Agropecuária - Pesagro, a Empresa de Serviços de Insumos Básicos para a Agropecuária – Siagro e a Cooperativa Apícola - Coapi, bem como laboratórios de análise e de biologia animal.

Entre as 2.500 espécies de plantas e árvores existentes na sua área de 242 mil metros quadrados estão jatobás, jequitibás, jacarandás e sapucaias. No terreno também funciona um mini-zôológico, criado em 1942, e que, entre outras atividades, ajuda o Corpo de Bombeiros, o Batalhão Florestal e a Delegacia do Meio Ambiente na recuperação de animais recolhidos, como pingüins e jacarés.

O horto ainda oferece cursos de jardinagem, paisagismo, arranjos com flores, cosmética com ervas medicinais, apicultura e piscicultura ornamental, entre outros, além de palestras, exposições, apresentações musicais e teatrais, lançamentos literários e uma feira de produtos orgânicos uma vez por semana.

Endereço: Alameda São Boa Ventura, 770 – Fonseca.
Telefone: (21) 2625-7058 e 2625- 6526.
Ônibus: 21 (Fonseca-Centro), 22 (Fonseca-Centro / via Marquês do Paraná), 23 (Teixeira de Freitas-Centro), 24 (Palmeiras-Centro), 25 (Riodades-Centro), 43 (Fonseca-Centro-Icaraí / via 22 de Novembro), 49 (Fonseca-Centro-Icaraí / circular) e 62 (Fonseca-Charitas).


Parque Estadual da Serra da Tiririca



Limite natural entre os municípios de Niterói e Maricá, a Serra da Tiririca começa entre as Praias de Itacoatiara e Itaipuaçu, estendendo-se até a rodovia Amaral Peixoto (BR-106) na divisa com São Gonçalo, numa área total de 2.400 hectares, incluindo uma faixa marinha. Nos relatos antigos aparece como Serra de Inoã ou de Maricá. O nome atual está relacionado às tiriricas - nome popular das plantas da família das cyperaceaes - que enchiam o caminho usado pelas tropas de burros como passagem.

Possui oito elevações principais (Morro do Elefante, Alto Mourão , Costão de Itacoatiara, Morro do Telégrafo, Morro do Catumbi, Morro do Cordovil, Morro da Penha e Morro da Serrinha) e é nela que está o ponto mais alto da cidade, a 412 metros de altura, bem como as nascentes de alguns rios das macrobacias da região oceânica de Niterói e da Baía de Guanabara.

Embora a maior parte da região, que integra o maciço da Serra do Mar, tenha sido desmatada para a extração de madeiras valiosas, agricultura, pecuária e urbanização ou esteja coberta por vegetação secundária regenerada, os trechos mais altos ainda preservam algumas porções de Mata Atlântica nativa ou com pouco grau de perturbação. Nessa cobertura vegetal destacam-se as massarandubas, palmitos, figueiras-da-terra, monjolos, aroeiras e paineiras.

Em relação à fauna, ainda podemos encontrar pacas, micos-estrelas e tatus, além de um grande número de aves, mas algumas espécies como o mico-leão-dourado, a jibóia e o gato-do-mato já foram extintos na região.

Em 1991, por iniciativa da sociedade civil, passou a ser protegida por lei com a criação do Parque Nacional da Serra da Tiririca e, no ano seguinte, foi reconhecida pela Unesco como parte integrante da Reserva da Biosfera da Floresta Atlântica. Excelente local para caminhadas ecológicas, o Parque é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas.


Parque Ecológico Darcy Ribeiro


Localizado entre os bairros do Engenho do Mato, Rio do Ouro, Pendotiba e Cantagalo, o parque, criado em 1997, oferece trilhas com cachoeira, lago, gruta e caverna em meio a uma reserva de Mata Atlântica de 12,5 quilômetros quadrados. A caminhada dura 2 horas e meia e, devido ao grau de dificuldade, recomenda-se o acompanhamento de um guia turístico credenciado pela Embratur.

Endereço: Acesso pelo bairro do Cantagalo, atrás do Cemitério Parque da Colina.


Mirante de Nossa Senhora Auxiliadora


No alto desse mirante, localizado no Morro do Atalaia, em Santa Rosa, a 100 metros de altura, está o monumento à Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira, junto com São João Batista, da Arquidiocese de Niterói. O monumento de linhas mouriscas, idealizado pelo arquiteto Domingos Delpiano, por iniciativa da Ordem Salesiana, foi inaugurado em 8 de dezembro de 1900, em comemoração ao 4º centenário do descobrimento do Brasil.

O pedestal, construído sobre uma rocha, possui 32 metros de altura e está encimado por uma imagem da santa com 6 metros e quase 2 toneladas, modelada em Milão, na Itália, em cobre batido dourado e adornada por uma auréola de estrelas luminosas. Do alto desse mirante avistam-se os bairros de Santa Rosa, Vital Brasil e Icaraí. A ligação da base com o alto do morro chegou a ser feita por um funicular, tipo de teleférico, que representou grande atração no início do século.

Endereço: Rua Alarico de Souza, Morro do Atalaia - Santa Rosa. O acesso também pode ser feito pelo Colégio Salesiano Santa Rosa, Rua Santa Rosa, 207 - Santa Rosa.
Visitação: Diariamente, das 8h às 18h.
Ônibus: 35 (Baldeador-Centro), 36 (Sapê-Cantro), 38A (Engenho do Mato-Centro), 39 (Piratininga-Centro), 40 (Maceió-Centro), 40A (Largo da Batalha-Centro / via Igrejinha), 43 (Fonseca-Centro-Icaraí / via 22 de Novembro), 44 (Ititioca-Centro), 45 (Cubango-Centro), 49 (Fonseca-Centro-Icaraí / circular), 53 (Santa Rosa-Centro) e 57 (Icaraí-Centro).

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