Pontos Turísticos

Fortes

Por sua posição estratégica na entrada da Baía de Guanabara, Niterói compôs um importante sistema de defesa contra os invasores estrangeiros, cruzando cargas com as fortificações do Rio de Janeiro. Numa primeira linha defensiva, na entrada da barra, estavam a Fortaleza de Santa Cruz e os Fortes do Imbuhy, Barão do Rio Branco e São Luís ou do Pico e numa segunda linha, mais ao fundo, os Fortes do Gragoatá e da Boa Viagem. Além de conhecer mais a história do Brasil colônia e império, nesses fortes o visitante experimenta a mesma sensação dos primeiros navegadores.


Fortaleza de Santa Cruz


Fortaleza de Santa Cruz

Em 1555, durante seu governo à frente da colônia francesa que se estabeleceu no Rio de Janeiro – a França Antártica - o almirante Nicolau Durand de Villegaignon improvisou duas bocas de fogo num promontório em Jurujuba, na entrada da Baía de Guanabara, de onde era possível defender a barra. Anos mais tarde, a pequena fortificação foi tomada pelo governador-geral do Brasil, Mem de Sá, ampliada e elevada à categoria de bateria, com o nome de Bateria de Nossa Senhora da Guia. Em 1612, já com 20 peças de artilharia, passou a chamar-se Fortaleza de Santa Cruz da Barra.

Durante o período colonial, quando chegou a ter 135 canhões, a Fortaleza de Santa Cruz tornou-se o principal ponto de defesa da Baía, cruzando fogo com a Fortaleza de São João, na Urca. Rechaçou as esquadras do corsário holandês Oliver Van Noorth, em 1599, e do francês Jean François Du Clerc, em 1710. Também protegeu o embarque de ouro e diamantes das Minas Gerais para Lisboa, que era feito no porto do Rio de Janeiro. Por conta da QuestãoChristie, em 1863, ganhou três novas baterias: a 25 de Março, a 2 de Dezembro e a Santa Tereza. Abriu fogo contra os navios rebelados na Revolta da Armada e contra o forte de Copacabana e o encouraçado São Paulo na revolta tenentista. Seu último disparo foi um tiro de advertência contra o cruzador Tamandaré, que fugiu para São Paulo, em 1955, levando a bordo o presidente deposto Carlos Luz.

Fortaleza de Santa Cruz

A partir de 1831 passou a funcionar como presídio político devido ao seu isolamento, função que voltaria a exercer entre 1968 e 1976, durante o regime militar. Ao longo desse período serviu de cárcere para figuras históricas ilustres, como José Bonifácio, Bento Gonçalves, Euclides da Cunha, Juarez Távora e Eduardo Gomes, sendo estes dois os únicos que se tem notícia a conseguirem escapar dela.

Suas principais atrações são o relógio do sol, de 1820; a Capela de Santa Bárbara, datada de 1612; as masmorras; a Cova da Onça (câmara de torturas); o Pátio da Cisterna (local dos enforcamentos); o paredão de fuzilamentos; o Salão de Pedra (antigo paiol de munição); as baterias de artilharia e o farol. Todo o conjunto arquitetônico da fortaleza, numa área construída de 1.753 metros quadrados, foi tombado em 1939 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Endereço: Estrada Eurico Gaspar Dutra, s/nº - Jurujuba.
Telefones: (21) 2710-7840 e 2711-0462 - ramal 36.
Visitação: Diariamente, das 9h às 16h.
Ingresso: R$3,00.
Ônibus: 33 (Jurujuba-Centro).


Forte do Imbuhy


Forte Imbuhy

Sua construção começou em 1863, na Praia do Imbuhy, em Jurujuba, em decorrência da Questão Christie, episódio que provocou a suspensão por dois anos das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra. Durante esse período foram criadas novas fortificações e reaparelhadas as já existentes, na tentativa de reforçar as defesas contra um possível ataque da frota inglesa.

O Forte foi projetado com o nome de Pedro II, mas as obras ficaram paralisadas por alguns anos, sendo retomadas em 1893 por ocasião da Revolta da Armada, quando alguns segmentos da armada, atual marinha, liderados pelo almirante Custódio de Melo, pretendiam a deposição do marechal Floriano Peixoto em favor de novas eleições. Em 1901 foi finalmente inaugurado, com o nome de Forte do Imbuhy, e desativado em 1957. Está localizado dentro do Forte Barão do Rio Branco e dispõe de um hotel de trânsito para oficiais.

Endereço: Av. Marechal Pessoa Leal, 265 - Jurujuba. Acesso pelo Forte Barão do Rio Branco.
Telefones: (21) 2710-7840 e 2711-0462 - ramal 36.
Visitação: Sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h.
Ingresso: R$ 6,00. Ônibus: 33 (Jurujuba-Centro)


Forte Barão do Rio Branco


Forte Rio Branco

Erguido originalmente como observatório, em 1555, na Praia de Fora, atual Praia do Forte Rio Branco, em Jurujuba, doze anos depois foi armado e transformado em bateria com a instalação das primeiras bocas de fogo.

Com a construção do Forte D. Pedro II, atual Forte do Imbuhy, em 1863, surgiu a necessidade de se criar uma ligação por terra com a Bateria da Praia de Fora, o que exigiu a construção de um segundo forte, inicialmente chamado de Forte da Praia de Fora. Em 1893 essa fortificação passou a chamar-se Forte Marechal Floriano Peixoto e, em 1938, recebeu o nome atual, em homenagem ao Barão do Rio Branco.

Os dois fortes são ligados por uma pequena estrada cercada de árvores e praias e compõem, com o Forte São Luís ou Forte do Pico, um conjunto militar localizado numa área de 320 hectares, sendo mais de 80% de Mata Atlântica preservada.

Endereço: Av. Marechal Pessoa Leal, 265 - Jurujuba.
Telefones: (21) 2710-7840 e 2711-0462 - ramal 36.
Visitação: Diariamente, das 9h às 16h. Ingresso: R$ 3,00.
Ônibus: 33 (Jurujuba-Centro).


Forte São Luís e Forte do Pico


Forte São Luiz

Forte São Luiz

Forte do Pico

Forte do Pico

As ruínas existentes no Morro do Pico, em Jurujuba, a 230 metros de altura, tiveram sua origem em 1567, quando ali se estabeleceu um posto de observação e vigilância da Bateria de Nossa Senhora da Guia, atual Fortaleza de Santa Cruz.

Dado o potencial estratégico da posição, o Marquês do Lavradio, vice-rei do Brasil, mandou erguer no local os fortes do Pico, em 1769, e São Luís, em 1775. Em 1811, contudo, seus comandos foram extintos e suas guarnições incorporadas à da Fortaleza de Santa Cruz. Por força do decreto regencial que suprimiu várias fortificações brasileiras, permaneceram abandonados de 1831 a 1863, quando a Questão Christie exigiu sua reativação.

Os dois fortes foram ligados em 1891, passando a constituir um único conjunto, hoje denominado Forte do Pico ou Forte São Luís, indiferentemente. Em 1918 uma bateria de obuseiros importados da Alemanha foi instalada na parte mais elevada do morro. Em 1938 o conjunto foi incorporado ao Forte Barão do Rio Branco, permanecendo como seu Quartel de Guerra até a desativação em 1965.

Endereço: Av. Marechal Pessoa Leal, 265 - Jurujuba. Acesso pelo Forte Barão do Rio Branco.
Telefones: (21) 2710-7840 e 2711-0462 - ramal 36.
Visitação: Sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h.
Ingresso: R$ 6,00.
Com chegar: Van do Exército saindo do Forte Barão do Rio Branco.


Forte do Gragoatá


Forte Gragoatá

Sua fundação na Praia de São Domingos varia entre 1610 e 1710, já que os registros históricos são contraditórios quanto à data de início da construção. Erguido como Forte de São Domingos em homenagem ao patrono da igreja do bairro, também já se chamou Gravatá, Caracuatá e Caraguatá em referência a uma bromélia outrora abundante na região.

Deveria cruzar fogo com o Forte da Boa Viagem e a Fortaleza de Villegaignon, numa segunda linha de defesa da Baía, mas ao longo do tempo viu-se artilhado e desartilhado de acordo com a necessidade. Foi reconstruído durante o governo do vice-rei Marquês do Lavradio (1769 a 1778), desativado em 1831 durante a Regência e novamente aparelhado em 1863, data da Questão Christie.

Transformado em sede do Batalhão Acadêmico, composto por jovens da escola politécnica e das escolas militares, teve participação importante em 1893, durante a Revolta da Armada, quando resistiu às forças revoltosas apesar de duramente atacado pelo cruzador Tamandaré e pelo encouraçado Aquidabã. Em homenagem a esse episódio passou a chamar-se Forte Batalhão Acadêmico. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938. Atualmente abriga a II Brigada de Infantaria do Exército.

Endereço: Praia do Gragoatá, 145 - São Domingos. Telefones: (21) 2613-0988 e 2719-4155 - ramal 2125. Visitação: Segunda a quinta, das 8h às 16h; sexta das 8h às 12h. Ingresso: Entrada franca. Email: gragoata@urbe.com.br Ônibus: 47-A (Campus da UFF / circular) e 47-B (Campus UFF-MAC / circular).


Forte da Boa Viagem


Forte da Boa Viagem

Também não há precisão histórica quanto à origem das ruínas do fortim erguido na Ilha da Boa Viagem, mas sua construção se deu provavelmente no período entre 1663 e 1710. Batizado originalmente como Forte da Barra, sua função era dar apoio aos principais pontos defensivos da Baía, cruzando cargas com as demais fortificações da área .

Contudo, o pequeno poder de fogo da sua bateria não foi suficiente para resistir ao ataque da frota comandada pelo corsário francês Du­guay-Trouin, em 1711. Suas ruínas ficaram abandonadas até a chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808. Com a proclamação da independência, em 1822, foi reaparelhado por ordem de D. Pedro I, transformado em quartel e depois em prisão militar até a sua desativação em 1861, durante o governo regencial.  

De 1810 a 1876 abrigou a escola de aprendizes de marinheiros, mas voltou a ser destruído em 1893, durante a Revolta da Armada. Logo após a Primeira Guerra Mundial atuou como posto de observação e, em 1942, durante a Segunda Guerra, sediou o Comando de Defesa do Porto do Rio de Janeiro. Em 1937 o Ministério da Marinha concedeu o usufruto da ilha e do seu patrimônio à Federação Brasileira dos Escoteiros do Mar, que abrigaria ali a Comissão Regional do Estado do Rio. Um ano depois o forte foi tombado, em conjunto com todos os prédios, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional .

Endereço: Praia da Boa Viagem, s/nº - Boa Viagem.
Telefone: (21) 2710-6581 (Srª Maria Pérola Sodré), entre 12h e 14h.
Visitação: No último domingo do mês ou marcada com 48 horas de antecedência
Ônibus: 47-A (Campus da UFF / circular) e 47-B (Campus UFF-MAC / circular).

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